Os nascidos na década de 80 ou 90 podem ser chamados tanto de geração Y quanto de millennials, e são eles que têm reformulado a maneira de viver e de consumir. Esses jovens estão conectados por mais tempo nas redes sociais, acompanham de perto o progresso da tecnologia e buscam mais experiências e conhecimentos do que qualquer outra coisa. As diversas informações obtidas pela internet e as opções de economia criativa e compartilhada acabam por oferecer formas mais práticas de consumo: Segundo pesquisa recente da Revista Visão, ter carro próprio é prioridade para apenas 15% dessa geração, enquanto 30% afirma que não pretende comprar em um futuro próximo. Já adquirir um imóvel é extremamente importante para 40% deles, 15% não pretende comprar em um futuro próximo. Esses dados revelam uma mudança considerável que tem sido percebida ao longo dos anos: cada vez mais as pessoas se importam mais com experiências e aventuras e menos com apartamento e carro próprios e outros tipos de bens.

De acordo com a Forbes, esses jovens, de perfil dinâmico, mudam de emprego em média três vezes por ano. Dessa forma, se prender a grandes financiamentos como de um carro ou imóvel é arriscado, uma vez que muitas vezes podem assumir compromissos que eles não sabem se podem cumprir ou se realmente valem à pena. Os valores estão mudando e a condição financeira, com o aumento do custo de vida está adiando o sonho que a antiga geração tinha da casa própria. Alugar desponta como melhor custo x benefício para jovens que não querem permanecer em um mesmo lugar por muito tempo ou para aqueles que buscam mais liberdade e independência.

Compra

A desvantagem de adquirir um imóvel é que provavelmente ele será negociado a partir de um financiamento, visto que são poucas as pessoas que possuem o dinheiro suficiente para pagar à vista. Essa forma envolve juros e a confiança de que aquele é o lugar ideal para viver os próximos anos. Depois de avaliar essas informações e os valores, uma compra como essa é esperada para quando houver maior estabilidade financeira e a certeza de permanência, além de uma boa organização em cima dos cálculos para concluir esse negócio. Feito o que era preciso, ao comprar a casa própria há o lado bom de posteriormente não se preocupar com o aluguel, somente com as taxas, e ter a posse de um bem depois de tantos anos de investimento.

Aluguel

Plataformas como o Airbnb permitem vivenciar experiências inovadoras e com baixo custo. Depois de um contato com o dono da casa ou do apartamento, a reserva pode ser concluída por um preço mais acessível do que alguns hotéis e garantir a comodidade que um lar costuma ter. Pesquisa da FipeZap mostrou que em 2013 cerca de 45% das pessoas que buscavam um imóvel queriam alugar, enquanto em 2016 esse número chegou a representar 61%.

A mudança no perfil dos usuários faz com que o hábito de consumo passe a ser diferente. Preocupados em visitar mais lugares, conhecer outras culturas e gastar o salário em experiências que enriquecerão sua história, os jovens veem a vantagem de investir em algo rápido e prazeroso.

Afinal, o que vale a pena?

Ao utilizar esse sistema de economia compartilhada, que também foi impulsionada pela recente crise econômica, as pessoas ficam mais atentas aos seus gastos e já não fecham longos contratos. Essas informações devem ser avaliadas por cada pessoa e é possível usar calculadoras de financiamento em alguns sites para fazer simulações de aluguel e compra. Dessa maneira, é possível encontrar a melhor opção para cada um, com base na renda e na prioridade dada a cada bem.

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