O consumidor brasileiro está ficando cada vez mais no vermelho. De acordo com pesquisa da Serasa Experian, o nível de inadimplência avançou com força total no segundo semestre de 2015: nos meses de junho e julho, a alta foi de 0,6% e, em comparação com o mesmo período do ano anterior, o índice atingiu a marca de 19,4%. É a maior elevação para o período desde 2011.

Se o bolso da população está apertado, este fato se deve às dívidas envolvendo cartões de crédito, lojas, telefone, contas de luz e água, entre outras do mesmo gênero. Outro vilão, que vem sendo observado com cuidado desde o primeiro semestre do ano, é a alta na inflação. Com ela, pioram o poder de compra da população, as taxas de juros e o desemprego, componentes que deixam as dívidas ainda mais caras e comprometem principalmente o poder de compra do cidadão.

Como sair do vermelho?
Autor de best-sellers que incluem Casais Inteligentes Enriquecem Juntos, Os Segredos dos Casais Inteligentes e Dez Bons Conselhos de meu Pai, o consultor financeiro Gustavo Cerbasi  afirma que, para manter a boa saúde financeira, é importante gastar menos do que se ganha e investir bem a diferença. De acordo com o analista, dez medidas podem ser tomadas para deixar o vermelho:

  1. Nunca utilize o cheque especial ou o pagamento parcial dos cartões de crédito: prefira os empréstimos bancários, devido às taxas menores;
  2. Controle os saldos dos cartões de crédito pelo menos a cada dez dias, de modo a se precaver dos gastos além da conta;
  3. Anote todos os seus gastos mensais, incluindo os não contabilizados automaticamente (compras de cartão) e, logo a seguir, escolha aqueles passíveis de corte no orçamento;
  4. Elabore um plano radical para enxugar os seus custos com o objetivo de amortizar a dívida de uma vez (evite pagá-los de pouco em pouco, pois os juros tornam a encarecer a conta já paga anteriormente);
  5. Corte os seus gastos de forma intensa, pois, além de diminuir o gasto com as dívidas e aumentar as chances de quitação rápida, você previne desgastes no relacionamento familiar, que pioram na mesma proporção do tempo de recessão;
  6. Não compre a prazo;
  7. Utilize todo tipo de poupança à sua disposição, bem como terrenos e imóveis à espera de valorização (não há sentido em manter investimentos e continuar perdendo dinheiro com juros das dívidas);
  8. Corra do lazer que custa caro: além de aprender a valorizar bons momentos que saem de graça, você tem a oportunidade de se reaproximar de amigos e familiares;
  9. Enquanto não conseguir quitar toda a dívida, substitua-a por outras mais baratas, como antecipação de restituição de Imposto de Renda ou venda do automóvel e compra de outro parcelado. Use todo o dinheiro da venda para reduzir a dívida;
  10. Engaje a sua família, dividindo com ela o seu plano de ajuste orçamentário e financeiro, de modo a fazer com que todos colaborem com a causa.

 

Equilíbrio e sustentabilidade: essas são as palavras de ordem para organizar as suas finanças e se manter longe do vermelho!

 

 

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