O brasileiro deve terminar o ano de 2015 com um custo de vida 9,29% acima daquele com o qual o iniciou. A expectativa foi proposta no boletim Focus da primeira semana de setembro, no dia 4, material veiculado pelo Banco Central (BC) que reúne a opinião das principais instituições financeiras do País. Em agosto, o índice chegou a 9,32%, superando 2003, ano que registrou a maior elevação dos anos 2000, quando o custo de vida subiu 9,3%.

Na prática, isto significa que quem gastava 1.000 reais em janeiro passará a desembolsar, no início de 2016, aproximadamente 1093 reais, ou que uma compra mensal de 200 reais custará cerca de, no mínimo, 18 reais mais caro. A previsão ultrapassa o dobro da meta estabelecida pelo Governo Federal, calculada inicialmente em 4,5%.

Com a piora também na projeção do PIB (recuo de 2,44%) e uma crise mais que anunciada, as empresas investem menos e o desemprego aumenta – segundo o IBGE, no segundo semestre, a população desocupada no país atingiu a marca de 8,4 milhões. Por isso, confira algumas dicas para evitar a crise e driblar o consequente aumento do custo de vida no Brasil.

Prefira a comida de casa

Comer fora nos grandes centros urbanos custa caro. De acordo com levantamento do Datafolha, realizado em 2015, o brasileiro que almoça fora de casa todos os dias gasta R$ 711,36 por mês (o salário mínimo vale, atualmente, R$ 788). Para quem não trabalha aos sábados, o custo é um pouco menor, mas ainda assim, expressivo: R$ 601,92 mensais, ou 76,4% do salário mínimo. Trabalhar a criatividade e combinar almoços caseiros com amigos e família é a melhor solução – mas não se esqueça de pesquisar bem os preços dos produtos que irão compor  o cardápio!

Compre antecipadamente e aproveite preços mais em conta

No Natal de 2014, a tradicional ceia teve seu preço elevado em 8% no comparativo com o mesmo período do ano anterior; Os preços sobem ano após ano, e a tendência é que siga assim. Por isso, previna-se: compre sempre de maneira antecipada.

Fuja da grife

Produtos de grife e marca custam mais caro – na verdade, bem mais. Nos supermercados, produtos de marca própria, normalmente são mais econômicas, chegam a custar até 46% menos que as mais famosas. Nas farmácias, os genéricos custam até quatro vezes menos que os medicamentos produzidos pelas grandes indústrias. Por isso, reavalie seu paradigma de compra: marcas menores vêm competindo entre si e melhorando muito a qualidade de seus produtos e até investindo mais em qualidade de modo a ganhar competitividade.

Mais algumas dicas

Economize água e energia elétrica. Gaste menos com celulares e serviços de telefonia em geral. Evite compras a prazo, compre menos e exercite o hábito de perguntar e/ou pedir por descontos!

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