Se você já se perguntou qual é a diferença entre planejamento financeiro e orçamento familiar, saiba que não está sozinho. Muitas pessoas confundem esses dois conceitos; porém, entender as diferenças entre eles pode mudar completamente a forma como você lida com o seu dinheiro e pauta as escolhas que faz para a vida.

Pedro Mota, gestor de Portfólios da NuAsset, a gestora de investimentos do Nubank, explica: “Essa confusão é cultural e prejudica a organização das famílias. As pessoas confundem esses conceitos porque o assunto parece complicado e o tema dói para todo mundo, gerando ansiedade e, portanto, afastamento”.

O orçamento familiar é uma ferramenta importante para quem busca equilibrar as finanças.  Consiste no controle financeiro dos ganhos e despesas por um período. Já o planejamento financeiro é um plano para o seu dinheiro, um mapa com o caminho que te leva àquilo que você quer muito: os seus objetivos.

É possível se organizar só com um orçamento, mas uma vida financeira que ajuda uma pessoa a se sentir realizada só existe com o planejamento financeiro. O orçamento familiar é, sim, importante em algum momento dessa jornada. Mas, sozinho, ele não garante uma vida de realizações – essa tarefa é do planejamento financeiro.

Para criar um planejamento financeiro, você precisa se entender, se conhecer, se questionar e fazer escolhas. Os recursos de tempo, dinheiro e atenção são escassos. Mas quando as metas são claras, você sabe para onde direcionar toda a sua energia. É só a partir do planejamento que é possível tomar decisões, porque se você tem um, já sabe o que quer e para qual direção está indo.

“O planejamento permite o equilíbrio entre o presente e o futuro. O orçamento é muito mais sobre o hoje, mesmo que tenha ali a linha dos investimentos para o futuro”, disse o gestor.

Em geral, o orçamento familiar é ideal para quem tem um descontrole maior e costuma ter gastos por impulso; aqueles com uma renda mais variável e menos previsível, como os autônomos e profissionais freelancers; os que têm uma vida financeira mais complexa, com diferentes contas bancárias, cartões de crédito e corretoras de investimentos; e aqueles com uma renda mais limitada e com dívidas.

Por outro lado, existem perfis que não precisam necessariamente ter um orçamento familiar, mas um controle financeiro a partir de outras ferramentas: quem tem renda constante, um custo de vida que permite viver o hoje e investir nas metas de curto, médio e longo prazos com constância, costuma concentrar a vida em uma única instituição financeira e não usa o dinheiro como apoio emocional.

O fato de tudo caber dentro de um orçamento não significa que você está tendo uma vida de realizações. Por isso, antes de criar um orçamento familiar, faça o seu planejamento financeiro. Defina as suas metas com clareza e dentro da sua realidade, determine prazos e crie um sistema de hábitos e rotinas que te deixe mais próximo daquilo que quer.

Lembre-se: organizar os ganhos e as despesas está na lista das maiores recomendações para quem busca equilibrar as finanças. Mas é o planejamento financeiro que vai te ajudar a alcançar os seus objetivos e a ter uma vida financeira mais realizada.

Comece agora mesmo a se organizar!

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