A reforma da previdência deve demorar um pouco mais para sair do papel. Depois que Eliseu Padilha, ministro da Casa Civil, se reuniu com a equipe técnica do governo para refinar o texto final que vai para o Congresso, os governadores dos estados demonstraram querer participar da elaboração da proposta.

Os governos estaduais planejam aumentar de 11% para 14% a alíquota de contribuição previdenciária para seus servidores e acreditam que essa medida deve ser contemplada no texto que vai ao Congresso.

A reforma prevê significativas alterações no cálculo da aposentadoria. Entre elas, o fim do fator previdenciário — o que pode estabelecer uma idade mínima para requerer a aposentadoria: 65 anos para homens e mulheres. Além disso, o tempo mínimo de contribuição também aumentaria: de 15 para 25 anos.

Dessa forma, o aposentado receberá como benefício, 50% da média das contribuições acrescidos de 1% por ano de contribuição. Uma pessoa que contribuiu por 40 anos, por exemplo, vai receber os 50% da média de contribuições mais 40% (1% por ano). Nesse contexto, o trabalhador teria que contribuir por 50 anos para receber o valor integral da aposentadoria.

No último Congresso da ABRAPP realizado este ano, o secretário da previdência, Marcelo Caetano, comentou que a reforma deve atrair mais pessoas aos planos de previdência complementar, já que ainda há muitas incertezas sobre como funcionará a nova previdência social.

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