No Brasil, o sistema previdenciário funciona fundamentalmente da seguinte forma: a geração que se aposenta tem seus benefícios pagos pela geração que está trabalhando, em plena atividade.

Estima-se que, atualmente, sejam necessários nove trabalhadores ativos, para custear os benefícios previdenciários de um aposentado. Se mantida a atual política previdenciária — onde os gastos com o setor não param de subir —, em aproximadamente 20 anos, serão apenas quatro o número de trabalhadores “encarregados” de bancar a aposentadoria de apenas uma pessoa.

Você pode até pensar: “Ora, se hoje são nove trabalhadores, e em 20 anos serão apenas quatro, a previdência vai muito bem, obrigado!” Mas não é bem assim que funciona. Suponha que um trabalhador vá receber, mensalmente, aproximadamente R$1500 de aposentadoria. Hoje, esse valor é divido por nove. Em 20 anos, serão os mesmos R$1500, só que divididos por quatro. Ou seja, o custeio de uma aposentadoria vai ficar cada vez mais caro para o contribuinte que ainda está na ativa.

Para começar a tentar reduzir o rombo de aproximadamente R$133 bilhões no setor, o governo interino de Michel Temer estuda algumas mudanças. Entre elas, a instauração de uma idade mínima para requerer o benefício.

O crescimento da população de idosos no Brasil não é acompanhado, na mesma proporção, pelo aumento na taxa de natalidade. E para piorar, a média de idade de aposentadoria no país é de 57 anos — sete a menos que a média dos países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), segundo o próprio órgão. Com a aposentadoria precoce, o benefício acaba sendo pago por mais tempo, o que inevitavelmente pesa nos cofres públicos — gerando o déficit que o setor apresenta hoje — e no bolso dos contribuintes.

Tendo em vista esse cenário, a previdência privada se mostra como um investimento necessário. No caso das previdências complementares fechadas a segurança é ainda maior, uma vez que: não há no mercado financeiro nenhum outro tipo de investimento que lhe assegure, 100% de retorno.

Mas se há a opção pelo segmento fechado, uma boa solução seria o investimento em uma previdência privada de alguma instituição financeira.

O importante é não depender unicamente da previdência social. Poupança, Tesouro Nacional, previdência complementar, mercado financeiro. Seja o que for, o indispensável é investir na segurança do seu futuro!

Relacionados