Yiannis Exarchos, presidente executivo do Serviço Olímpico de Transmissão, atualizou as diretrizes para todos os operadores de câmera, reafirmando a necessidade de erradicar “estereótipos e sexismo”
O presidente executivo do Serviço Olímpico de Transmissão (OBS, na sigla em inglês), Yiannis Exarchos, pediu para que os operadores de câmera tratem todos os atletas (homens e mulheres) da mesma forma no momento das filmagens. As Olimpíadas de Paris alcançaram uma marca importante para o esporte ao atingir paridade de gênero entre atletas pela primeira vez na história.
Após o primeiro dia de transmissões, a OBS atualizou suas diretrizes para todos os operadores de câmera, reafirmando a necessidade de erradicar “estereótipos e sexismo” ao fornecer cobertura igualitária em todos os eventos olímpicos.
– Infelizmente, em alguns eventos, elas (mulheres) ainda estão sendo filmadas de uma forma que você pode identificar que estereótipos e sexismo permanecem, mesmo pela forma como alguns operadores de câmera estão enquadrando atletas homens e mulheres de forma diferente. Atletas mulheres não estão lá porque são mais atraentes ou sensuais ou o que quer que seja. Elas estão lá porque são atletas de elite – disse Yiannis Exarchos.
Dupla holandesa de vôlei de praia comemora ponto — Foto: Harry Langer/DeFodi Images via Getty Images
De acordo com o presidente executivo da OBS, o problema se deve principalmente ao “viés inconsciente” de alguns operadores de câmera, junto com editores de TV, que tem uma tendência a mostrar mais tomadas de close-up de atletas femininas do que de atletas masculinos. Algumas mudanças intencionais na programação dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 foram feitas para impulsionar o esporte feminino.
Para Marie Sallois, Diretora de Desenvolvimento Corporativo e Sustentável do Comitê Olímpico Internacional, os Jogos Olímpicos são “de fato a maior plataforma do mundo para promover a igualdade de gênero no esporte e por meio dele”.
Ela destacou uma série de “momentos simbólicos” que marcaram a cerimônia de abertura, como o fato de quase todas as delegações terem um homem e uma mulher exercendo a função de porta-bandeira. Sallois também destacou o quão influentes as mulheres foram na história francesa.
Os Jogos Olímpicos de Paris 2024 atingiram a paridade de gênero este ano com participação de 50% de mulheres e 50% de homens. Cem anos atrás, em 1924, quando Paris sediou os Jogos Olímpicos pela última vez, apenas 135 dos quase 3.100 atletas eram mulheres, o que representava apenas 4,4% da participação feminina.
Fonte: ge.globo.com
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