Diversidade, Equidade e Inclusão: o Segredo para Times Mais Inteligentes

06/01/2025

Magalu, Google, Coca-Cola e mais; Confira oito exemplos de grandes empresas que estão se reinventando a partir do conceito de DE&I

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Não existe sociedade em transformação evolutiva sem consciência inclusiva, diversa e com equidade. Vamos parar de tratar diversidade, equidade e inclusão (DE&I) como se fossem “tendências” ou algo que as empresas fazem para ganhar um selo de “ESG” no relatório anual. Sem essas pautas, qualquer negócio que se ache “evoluído” está fadado a ser irrelevante no futuro.

Mais do que “melhorar o ambiente” ou “agregar valor”, uma cultura inclusiva destrava o potencial de gente que, até hoje, tem que provar que merece estar onde está – enquanto muitos promovem mediocridade por falta de coragem de questionar seus próprios vieses. DE&I cria times mais inteligentes, empresas mais ágeis e resultados que vão além do óbvio. Mas isso exige mais do que discursos bonitos. Exige desconstrução de práticas, coragem para lidar com o desconforto e, principalmente, menos pose e mais ação.

Os benefícios? Um ecossistema de inovação genuína, ideias que quebram paradigmas e um legado empresarial que realmente importa. Mas só para quem tem coragem de encarar essa transformação de verdade – não para quem está preocupado só com a foto do relatório anual.

Observe como as empresas que realmente estão se reinventando colhem benefícios tangíveis e estratégicos para seus negócios:

Fortalecimento da cultura organizacional: Uma cultura inclusiva aumenta o engajamento e o sentimento de pertencimento dos colaboradores.

Exemplo: Magalu é um exemplo de empresa que fortaleceu sua cultura organizacional por meio de iniciativas inclusivas e de diversidade. Um marco foi o lançamento do Programa de Trainee exclusivo para pessoas negras, que buscou ampliar a representatividade racial em posições estratégicas.

Aumento da inovação: Diversidade de perspectivas impulsiona criatividade e decisões estratégicas.

Exemplo: Google promove hackathons e programas de diversidade, como o “Google Next Step”, que incentiva colaboradores de diferentes origens a desenvolver ideias criativas e resolver problemas complexos.

Melhoria na retenção de talentos: Ambientes inclusivos atraem e retêm profissionais qualificados, reduzindo a rotatividade.

Exemplo: Salesforce é reconhecida por criar políticas inclusivas e benefícios como licença parental estendida, promovendo retenção e satisfação entre seus colaboradores.

Fortalecimento da marca empregadora: Empresas com DE&I são vistas como éticas, atraindo talentos e consumidores.

Exemplo: Patagonia é amplamente reconhecida por seu compromisso com inclusão e sustentabilidade, atraindo talentos alinhados aos seus valores e aumentando a fidelidade de consumidores.

Alinhamento às demandas de ESG: DE&I fortalece a sustentabilidade ao integrar aspectos sociais e de governança.

Exemplo: Unilever integrou práticas de diversidade em sua estratégia ESG, com programas como “Unstereotype Alliance”, que abordam desigualdades sociais e promovem inclusão nos negócios e na publicidade.

Melhoria no desempenho financeiro: Equipes diversas tendem a obter melhores resultados financeiros.

Exemplo: Um estudo da McKinsey & Company revelou que empresas como a Accenture, com forte diversidade, superaram financeiramente suas concorrentes no setor de tecnologia.

Aprimoramento do clima organizacional: Ambientes inclusivos reduzem conflitos e aumentam a produtividade.

Exemplo: Coca-Cola adota práticas inclusivas que fomentam um ambiente de respeito e colaboração, contribuindo para menores índices de conflitos internos e maior produtividade. É o caso de programas como o “BORA Mulheres”, em que a Coca-Cola incentiva o empreendedorismo feminino, oferecendo capacitação e recursos para que as mulheres possam desenvolver e gerenciar seus próprios negócios.

Aumento da competitividade no mercado: Empresas inclusivas destacam-se por sua adaptabilidade a demandas globais.

Exemplo: Microsoft desenvolveu a Funcionalidade de Transcrição e Legendas ao Vivo no Microsoft Teams, um recurso voltado para melhorar a comunicação em ambientes profissionais globais e inclusivos. Este projeto foi impulsionado por equipes multiculturais e diversificadas, com foco em: inclusão de pessoas com deficiência auditiva.

O desafio para implementar essa consciência nas empresas, a partir de agora, está em ir além do que tem sido feito e aliar a estratégia de negócio a um modelo de gestão que priorize uma cultura corporativa plural e equitativa, dentro e fora das organizações, de forma sustentável.

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Camila Farani é Top Voice no LinkedIn Brasil e a única mulher bicampeã premiada como Melhor Investidora-Anjo no Startup Awards 2016 e 2018. Sócia-fundadora da G2 Capital, uma butique de investimentos em empresas de tecnologia, as startups.

Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião de Forbes Brasil e de seus editores.

Fonte: forbes.com.br

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