Levantamento do Pacto Global mostra resistência de lideranças ao tema
Por Thiago Félix da CNN, São Paulo
O Pacto Global da ONU, Rede Brasil e o Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT) divulgaram, na última quarta-feira (14), dados sobre aspectos a serem melhorados em relação à diversidade, equidade e inclusão nas empresas.
Os resultados apontam que o engajamento das altas lideranças nas iniciativas de diversidade ainda é um desafio significativo, com quase 60% das empresas entrevistadas apontaram dificuldade com a questão.
A desinformação sobre diversidade no ambiente de trabalho abrange cerca de 57% dos grupos empresariais que responderam à enquete.
“Num cenário de muitos vazios, descobrimos, por exemplo, através da pesquisa, que mulheres e pessoas negras são os grupos para os quais as empresas mais realizam ações afirmativas, mas há ainda pessoas LGBTQIAPN+, pessoas com deficiência, pessoas 50+, indígenas, quilombolas, refugiados, egressos do sistema prisional, entre outros grupos, são considerados quando falamos de diferentes tipos e estágios de vulnerabilidade”, Carlo Pereira, CEO do Pacto Global da ONU – Rede Brasil.
Realizado entre 8 de abril e 5 de junho de 2024, o levantamento contou com a participação de 128 empresas, que responderam a um questionário com 70 perguntas focadas em práticas relacionadas a questões étnico-raciais, de gênero e de inclusão de grupos vulneráveis.
Das companhias participantes, a maioria é de capital fechado, de origem nacional e com mais de 500 colaboradores, especificamente, 56% das respondentes possuem mais de 500 funcionários, 81% são empresas nacionais e 19% multinacionais.
A maioria das empresas tem uma receita bruta anual superior a R$ 300 milhões, mas quase 70% delas não possuem bens ou serviços voltados para grupos minorizados.
Em relação aos setores, 62% das empresas atuam em serviços, 21% na indústria, 6% em agricultura-pecuária-extrativismo, e 12% no terceiro setor.
“É interessante perceber que várias empresas têm metas principalmente para os grupos de mulheres e pessoas negras, e isso é um avanço no ponto de vista da gestão para a equidade. Por outro lado, somente 26,6% têm remuneração e bonificação com base em metas de diversidade, equidade e inclusão”, comenta Daniel Bento Teixeira, diretor executivo do CEERT.
Além disso, a promoção de pessoas negras nas corporações continua lenta, em parte devido à ausência de planos de carreira e projetos de desenvolvimento profissional voltados para essa parcela da população.
Fonte: cnnbrasil.com.br
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