Eletros reverte rentabilidade negativa no ano

06/08/2020

 

Segundo nossas estimativas, a rentabilidade do mês de julho será uma das mais elevadas rentabilidades mensais dos últimos 10 anos. Conseguimos reverter neste último mês as rentabilidades negativas acumuladas no ano dos planos e perfis de investimento, com exceção da parcela saldada do plano CD Eletrobrás (BPDS), que ainda falta pouco para também sair do campo negativo.

No pior momento do ano, no mês de março, onde todos os segmentos de mercado foram abalados pela visão de que os efeitos negativos da pandemia seriam muito graves e afetariam profundamente as economias ao redor do mundo, os mercados estressaram e os preços dos ativos perderam a referência de seus fundamentos, gerando muitas distorções.

Geralmente, a primeira reação da maioria das pessoas é resgatar os seus investimentos, justamente no pior momento de mercado, contudo, são nestas horas que as oportunidades surgem.

Nossa missão como gestores de planos de previdência é o de realizar investimentos capazes de proporcionar o melhor retorno possível associado ao risco de cada plano ou perfil de investimento. Para atingir o objetivo de retorno, temos que ter calma, uma boa leitura do cenário e processos decisórios eficientes. Neste contexto, a equipe de investimentos da Eletros vislumbrou algumas oportunidades nesta crise e realizou investimentos que possibilitaram um bom desempenho da carteira dos planos, principalmente, naquelas focadas em renda variável e renda fixa.

Como consequência desses investimentos e, de acordo com as alocações dos planos e perfis de investimento, nossa apuração preliminar da rentabilidade do mês de julho indica que reverteremos os retornos negativos do ano (exceto o plano CD Saldado). Como exemplo, o plano BD Eletrobrás deverá ter um retorno de aproximadamente 4,7% nesse mês, um dos mais elevados dos últimos 10 anos e, se confirmado, o plano sairá de um rendimento negativo de 10,2%, no final de março, para positivo de 2,8% no final de julho. Abaixo temos um resumo das rentabilidades preliminares até julho.

Em relação ao cenário prospectivo, nossa percepção em relação à economia global é de que os riscos diminuíram, com sinais positivos de recuperação econômica e com a União Europeia aprovando o pacote bilionário de ajuda. O efeito desta recuperação, combinado com o excesso de liquidez global e o baixo juros (ou até negativo), estão induzindo a um aumento de tolerância ao risco. Neste contexto, os ativos de risco, como as bolsas de valores, por exemplo, tendem a se valorizar.

No cenário interno, nossa maior preocupação é o resultado fiscal do estado brasileiro que, nos próximos meses, se deteriorará bastante por conta dos gastos que a pandemia vem demandando. Dessa forma, os desafios relativos às reformas precisam ser resolvidos para termos condições de crescimento sustentado.

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por Max Tavares, Diretor Financeiro da Eletros.