As constantes altas no dólar vêm atraindo os holofotes da grande mídia nos últimos tempos. Tema recorrente em sites, revistas e jornais populares, os avanços consecutivos no valor da moeda americana, segundo analistas, têm afetado todo o mercado, refletindo nos hábitos de consumo do brasileiro.

Entre janeiro e agosto de 2015, o aumento do dólar ultrapassou os 30%, índice bem acima da inflação (5,11%). Com o dólar encarecido, os chamados bens de luxo, especialmente aqueles com origem em outros países, estão abandonando, aos poucos, as listas de compras da população. De acordo com o Banco Central (BC), os gastos realizados por brasileiros no exterior em junho caíram 17,4% em comparação com o mesmo período de 2014.

Os efeitos, porém, também são sentidos em produtos desenvolvidos e consumidos internamente, e por classes sociais variadas. Em 2014, o brasileiro consumiu 6,6 milhões de toneladas de pão, com um consumo médio de 33 quilos por habitante ao ano (panificadoras e confeitarias movimentaram R$ 82,5 bilhões no mesmo ano). Apesar dos bons números, o crescimento do setor foi considerado pela própria indústria abaixo das expectativas (10%), fato associado ao aumento expressivo nos custos da panificação. Aproximadamente metade do trigo utilizado no Brasil, principal insumo da produção do pãozinho francês, é importado de Argentina, Estados Unidos, Paraguai e Uruguai. Além do pão, o preço da carne também foi atingido, especialmente em função dos elementos que compõem a ração dos animais de abate.

Conservar bons hábitos é manter o equilíbrio
Viver bem ou poupar para o futuro? A resposta para este dilema está no equilíbrio. Cortar custos ou fazer poupanças não são a resposta exclusiva para viver melhor. O segredo de um bom planejamento financeiro, de acordo com consultores financeiros, é gastar e guardar com qualidade e critério. Nosso maior desafio está no equilíbrio entre saber viver e saber investir.

 

 

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