Com a chegada de 2018, muitas pessoas aproveitam para refletir sobre seus hábitos e propor possíveis mudanças. As resoluções de ano novo são muito comuns entre os brasileiros e costumam ser promessas de renovação e intenções mais saudáveis para corpo e, neste ano, também nas finanças.

Segundo pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) em parceria com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), o grande objetivo dos brasileiros em 2018 é guardar dinheiro – desejo de 45% dos entrevistados. Outra meta apontada por 27% das pessoas entrevistadas é pagar as dívidas e sair do vermelho.

Embora a nota média dada pelo brasileiro para sua expectativa da economia, entre 1 e 10, ter sido de 5,7, mais da metade da população (54%) afirma estar otimista com o cenário econômico para este ano e 58% acreditam que sua vida financeira será melhor. Já outra parcela da população, 13%, acredita que a situação econômica vai piorar em 2018 e 19% acham que o cenário econômico será igual ao de 2017.

Clima de insegurança

De acordo com o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro, o cenário de insegurança do brasileiro se dá por uma combinação de fatores, como o sentimento de incerteza pela aproximação de uma eleição presidencial, a lentidão do país em superar obstáculos econômicos, os níveis de desemprego ainda elevados, entre outros.

Um dos maiores medos dos brasileiros em 2018, citado por 31% dos entrevistados, é o de não conseguir pagar suas dívidas. No entanto, os receios da população abrangem também outras áreas: 40% temem problemas de saúde e 32% de ser vítima de violência ou de assalto.E, para mais de 86% da população, o maior problema do país a ser resolvido neste novo ano é a corrupção.

Resultados de 2017

De acordo com a maioria dos brasileiros (55% dos entrevistados), a vida financeira piorou no ano passado. Segundo a pesquisa, 85% tiveram que fazer cortes ou ajustes no orçamento em 2017, impactando hábitos de consumo como: refeições fora de casa (63%), compra de itens de vestuário, calçados e acessórios (56%) e os itens supérfluos de supermercado (49%).

O SPC Brasil estima que, no ano passado, 59,9 milhões de pessoas tiveram seu nome negativado. Entre esses consumidores, 81% possuem parcelas no cartão de crédito pendentes, 69% estão com dívidas vencidas no cartão de lojas e 67% com parcelas pendentes em carnês ou boletos. O total da dívida em atraso somou R$ 3.902, possivelmente um fator decisivo para que os brasileiros pensem em quitar suas dívidas no ano que se inicia.

 

 

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