Brasil perdeu 20 posições na lista da Natixis ao passar do 40º lugar em 2013 para o 61º em 2014; segundo estudo, situação para aposentados no país é “medíocre”
O Brasil caiu para a 61ª colocação na lista dos melhores países para se aposentar, mostrou o Índice Global de Aposentadoria do banco francês Natixis. Atrás de países como Estados Unidos (19º), Japão (27º) e Espanha (29º), o Brasil recuou vinte posições no ranking entre 2013 e 2014, prejudicado pela desaceleração do seu Produto Interno Bruto (PIB), aumento da inflação e piora nas condições de saúde. Segundo a pesquisa, o crescimento econômico nos últimos anos não se traduziu em avanço no sistema de aposentadoria. “Ainda que tenha havido melhorias no subíndice de qualidade de vida, em que o Brasil agora está no top 20, o cenário geral é medíocre”, aponta a pesquisa.
A avaliação leva em consideração fatores fundamentais que propiciam boa qualidade de vida à população da terceira idade, como acesso à saúde, renda, situação financeira do país, além de bem-estar, segurança e níveis de poluição do meio ambiente. No total, o ranking conta com 150 países. Nas primeiras colocações estão economias desenvolvidas, que dispõem de um avançado setor de serviços e moderna infraestrutura, sem contar os elevados níveis de renda per capita e a menor desigualdade social.
Nas últimas posições, por outro lado, estão presentes os países da África Subsaariana, que carecem de projetos na área de infraestrutura e programas de assistência médica. Com uma das menores rendas per capita do mundo, a região apresenta amplas barreiras que inviabilizam o desenvolvimento econômico, como dívidas grandes e altos níveis de inflação.
Confira a lista dos dez melhores países para se aposentar.
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Eleito o décimo melhor país para se aposentar em 2014, Luxemburgo conta com a 40ª posição em médicos per capita, 18ª colocação em bem-estar e o 30º lugar em carga tributária. O paraíso fiscal localizado entre a Bélgica e a França é a morada escolhida por diversos endinheirados europeus que desejam desfrutar sua aposentadoria com conforto, tranquilidade — e poucos impostos.[/tab]
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O alto contingente de médicos, a alta qualidade de vida e a baixa carga tributária — além do clima — garantem à Nova Zelândia o 9º lugar no ranking. A rápida ascenção (o país figurava em 22º lugar no ano passado) se deve à reforma previdenciária e à diminuição dos impostos para aposentados no país. Houve também uma melhora no quadro de expansão do crédito e na disparidade de renda.
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A Finlândia perdeu duas posições no ranking em relação ao ano passado, mas ainda assim ostenta uma excelente qualidade de vida e finanças para seus aposentados. O país nórdico possui ainda um dos mais altos níveis de renda per capita do mundo e um dos melhores desempenhos em igualdade de renda.
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A Alemanha é o país mais rico do top 10 e, devido aos fortes fundamentos econômicos e à altíssima qualidade de vida que oferece a seus aposentados, passou do 9º ao 7º lugar em 2014. Todos os indicadores ligados à saúde melhoraram no país, como os gastos com saúde cobertos pelos seguros e o número de médicos por habitante.
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Líder em bem-estar entre todos os países e o que melhor desempenho teve no quesido carga tributária, a Dinamarca vem avançando no ranking ano após ano. Também é considerado um dos países cujo índice de ‘felicidade’ está entre os mais altos. O bom posicionamento no ranking alia não só um amplo sistema público de saúde, como também uma altíssima renda per capita — da ordem de 40 mil dólares por habitante.
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Estabilidade econômica, baixa carga tributária e um poderoso sistema de saúde fizeram o país saltar da 11ª para a 5ª posição em apenas um ano. Trata-se também do 10º país com mais médicos per capita, além de possuir baixa disparidade de renda.
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A Suécia é o maior exemplo do modelo nórdico de bem-estar social. Apesar de se manter uma economia extremamente capitalista voltada para as exportações, a Suécia tem um amplo sistema de saúde pública e conta com 4 médicos para cada mil habitantes — um dos melhores desempenhos entre os países nesta categoria.
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Além de conquistar o bronze no ranking, a Áustria é a terceira colocada do ranking em médicos per capita e a 11ª em bem-estar. O país vem enfrentando desafios econômicos, como o aumento da inflação e da carga tributária. Contudo, a qualidade de seu sistema de saúde e sua alta renda per capita (44 mil dólares por habitante) compensa as recentes turbulências.
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O país nórdico perdeu a primeira posição ostentada em 2013. Apesar de manter seus principais indicadores estáveis (e em altíssimo nível), os juros muito baixos colocam em xeque a rentabilidade dos investimentos de seus aposentados — o que impacta diretamente sua disponibilidade de renda. Mas isso não chega a ser um problema, tendo em vista que o país é o 6º no ranking em renda per capita.
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A diferença entre a Noruega e a Suíça é técnica. Contudo, o país do centro europeu encabeçou o ranking este ano. A Suíça está em primeiro lugar não só na lista geral, como também nos sub-índices ambientais, como poluição da água e do ar, além de inflação e expectativa de vida. As cidades de Zurique, Berna e Genebra estão entre as que possuem melhor infraestrutura para idosos, além de inúmeros serviços e possibilidades de entretenimento, como teatro, cinemas e parques. O mais importante é que tudo é acessível por meio de transporte público capacitado para levar os habitantes de mais idade.
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Fonte:
Veja – 13/03/2014
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