Já ouviu falar no conceito de finanças comportamentais? Então, este artigo é para você! Pensando nisso, preparamos um post para te ajudar a identificar as tendências relacionadas a lidar com dinheiro. Afinal, há diversos fatores que podem te influenciar, direta ou indiretamente, inclusive na hora de investir seus recursos.

No final das contas, um planejamento financeiro assertivo tem tudo a ver com o equilíbrio nas escolhas. Nesse sentido, aproveite para conferir o webinar da FGV sobre o que são finanças comportamentais e o impacto no dia a dia, principalmente em épocas de crise.

O que é a teoria das finanças comportamentais?

A teoria das finanças comportamentais nos mostra que vários fatores podem afetar a tomada de decisão. Em outras palavras, uma escolha importante pode ser influenciada pelo estresse ou mesmo pela opinião de terceiros. Portanto, a inteligência emocional é a chave das escolhas assertivas.

Para exemplificar, alguém com muito conhecimento financeiro e pouca disciplina provavelmente vai fracassar nos investimentos. Em contrapartida, uma pessoa que tem muita disciplina, mas pouco conhecimento, pode ter resultados melhores. Para resumir, esses dois cenários diferem, justamente, no quesito das finanças comportamentais.

As tendências que podem influenciar as decisões financeiras

Sabe qual é a diferença de finanças comportamentais e economia comportamental? Em geral, esses conceitos são sinônimos. Sendo assim, temos diversas tendências típicas da natureza humana, tais como:

  • Subestimar o impacto dos incentivos e, consequentemente, dos benefícios que são  gerados para outras pessoas;
  • Negação psicológica, quando buscamos “justificativas” para fatos óbvios;
  • Acreditar que as correlações passadas nos ajudam a tomar boas decisões nos dias de hoje;
  • Reciprocidade, que é a sensação de que é necessário retribuir algo que nos foi “dado”;
  • Excesso de influência social, como o hábito de comprar porque muita gente está comprando. Isto é, o chamado efeito manada;
  • Ancoragem, que atribui um peso desproporcional a um produto, gerando assim as distorções por contraste;
  • Influência de figuras de autoridade, considerando o “medo” de contestar alguém em uma posição de poder;
  • Predisposição em apostar no que, aparentemente, pode ser “controlado” ou “escolhido”;
  • Natureza emocional do cérebro, ignorando o lado racional para sustentar as decisões;
  • Mudanças mentais impactadas pelo estresse, em especial nos períodos de crise econômica.

Aliás, acesse o Clube do Valor para conferir outras tendências ligadas à economia comportamental.

Os vieses das finanças comportamentais

Com foco nas finanças comportamentais, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) preparou conteúdos exclusivos sobre os vieses do comportamento. Isso inclui a percepção quanto aos riscos, conforme o perfil do investidor, por exemplo.

A seguir, listamos os pontos principais do Volume 1: Vieses do Investidor, da série CVM Comportamental. Mas, antes disso, vale citar um trecho do documento:

“As heurísticas são regras de bolso (ou atalhos mentais) que agilizam e simplificam a percepção e a avaliação das informações que recebemos. Por um lado, elas simplificam enormemente a tarefa de tomar decisões; mas, por outro, podem nos induzir a erros de percepção, avaliação e julgamento que escapam à racionalidade ou estão em desacordo com a teoria da estatística. Esses erros ocorrem de forma sistemática e previsível, em determinadas circunstâncias, e são chamados de vieses”.

Os Vieses do Investidor

  • Ancoragem: exposição a certas informações que impactam na decisão. No caso, uma “promoção” desvia o foco da relevância sobre o que está sendo decidido. Logo, é essencial atentar para os valores de referência, além de evitar escolhas por impulso.
  • Aversão à perda: algumas pessoas podem atribuir mais peso para as eventuais perdas, do que para os ganhos. Com isso, é fundamental diversificar o portfólio de investimentos, compreendendo a relação entre risco e rentabilidade.
  • Falácia do jogador: você já calculou a chance de algo acontecer, conforme a quantidade de vezes isso já ocorreu? No “cara ou coroa”, se sair 2 vezes “cara”, será que a próxima será “coroa”? Nessa perspectiva, é vital estudar sobre probabilidade, considerando que ganhos passados não significam ganhos futuros.
  • Confirmação: certos indivíduos interpretam informações visando confirmar as próprias convicções. Aqui, a recomendação é pesquisar sobre o custo-benefício, para não se basear apenas nas crenças. A propósito, busque ouvir ideias diferentes, para considerar outros pontos de vista.
  • Lacunas de empatia: sabia que a capacidade de interpretar acontecimentos depende do estado emocional? Por isso, é aconselhável programar operações automáticas, a exemplo da previdência privada. Além disso, tente adiar as decisões financeiras em momentos de crise.
  • Autoconfiança excessiva: você acha que está sempre certo? Se a resposta for sim, é preciso ter cuidado para não superestimar seus conhecimentos. Afinal, há fatores externos que podem impactar nos resultados das nossas ações. Para tal, busque discutir sua estratégia com pessoas de confiança.
  • Efeito de enquadramento: você prefere “o ganho certo de R$ 240” ou “25% de chance de ganhar R$ 1.000 e 75% de chance de não ganhar nada”? Dessa forma, é crucial analisar com cautela as informações apresentadas. Isso inclui: rentabilidade, riscos, taxas etc.

E quanto aos Vieses do Poupador e do Consumidor?

Quer mais informações sobre os outros conteúdos da série CVM Comportamental? Então,  acesse os seguintes links:

Enfim, o que achou sobre o impacto das finanças comportamentais no seu dia a dia? E, se você gostou do artigo, aproveite para conferir outros posts do Blog da Eletros. Afinal, queremos te ajudar a conquistar sua liberdade financeira! Assim, você pode realizar muito mais, em todas as etapas da vida!

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