Quer saber como o comportamento financeiro pode influenciar sua vida? Afinal, tomar decisões conscientes em relação ao dinheiro pode evitar o efeito “bola de neve”. Por falar nisso, o endividamento dos brasileiros bateu recorde, devido à pandemia de covid-19. Segundo o Banco Central, as dívidas com os bancos atingiram 51% da renda acumulada.

Mas como mudar esse cenário? Para o Presidente da Abefin, Reinaldo Domingos, é preciso mudar alguns hábitos para “construir uma vida mais sustentável financeiramente”. Logo, ao “tratar o problema na raiz”, pode-se evitar o “ciclo de endividamento”.

Sendo assim, continue conosco para entender quais são os impactos do seu comportamento financeiro. E, claro, como adotar boas práticas para manter as suas contas em dia. 😉

Como os pais influenciam o comportamento financeiro dos filhos?

De modo geral, as crianças aprendem por observação e, também, por imitação. A matéria do Blog da CVM indica que “os pais são agentes de socialização financeira”. Ou seja, “são os primeiros a ensinar como o dinheiro funciona”. Nessa perspectiva, eles definitivamente influenciam o comportamento financeiro dos seus filhos.

Isso porque tais comportamentos tendem a ser reproduzidos na vida adulta, sejam eles de endividamento ou mesmo de poupança. Portanto, é essencial conversar sobre as questões financeiras, aprofundando o tema de acordo com a faixa etária.

Em paralelo, esse comportamento financeiro na infância pode ser influenciado por vários fatores. Por exemplo:

    • A experiência educacional do pai e da mãe;
    • Sua própria experiência com o dinheiro;
    • O ensino parental e escolar sobre questões econômicas;
    • A qualidade da educação em si.

Diálogos em casa

Sabemos que as dificuldades dos pais podem moldar o entendimento dos jovens sobre o dinheiro, certo? Para a especialista Dra. Annamaria Lusardi, “é necessário discutir sobre o gerenciamento de finanças e o planejamento em casa”. A propósito, “todos tomamos decisões financeiras e elas são fundamentais para o modo como enfrentamos a vida”.

O comportamento financeiro muda conforme as gerações?

Os jovens de 20 anos pensam sobre o dinheiro de maneira bem diferente, em comparação com alguém de meia idade. Nesse sentido, a Anbima analisou o comportamento financeiro de diversas gerações.

A seguir, listamos alguns exemplos de como esses aspectos variam, de geração para geração.

Baby-boomers e Geração X

  • Enquanto os Baby-boomers são nascidos no pós-guerra, a Geração Z vem das décadas de 1960 até o começo de 1980;
  • O comportamento financeiro é similar para essas duas gerações, embora venham de épocas distintas;
  • Ambos os grupos viveram períodos de inflação alta. Isto é, esse panorama dificultava os planos para o futuro;
  • Gostam de estabilidade, trajetórias lineares e, ainda, querem deixar um legado;
  • Têm visão de longo prazo, pensando em questões como aposentadoria e afins;
  • São gerações financeiramente bem preparadas para a melhor idade, diante das Gerações Y e Z;
  • Já têm um plano de carreira e recebem salários mais altos. Contudo, podem “escorregar” nas contas no dia a dia.

Geração Y

  • Nascidos entre o início da década de 1980 até meados de 1990;
  • Os Millennials são otimistas e antenados;
  • Trabalham por um propósito motivador;
  • Por serem jovens, ainda não conquistaram o auge das suas carreiras;
  • Como ganham menos, investem valores menores;
  • Geralmente, poupam cerca de R$ 100 por mês;
  • Aceitam bem as fintechs e não gostam de ter que ir aos bancos;
  • São mais abertos às mudanças no mercado, como os serviços de robôs;
  • Podem assumir riscos maiores, mas têm tempo de se recuperar em caso de imprevistos.

Ainda sobre os Millennials, sua situação financeira tem outros diferenciais. Por sinal, os dados a seguir têm como base o estudo do National Financial Capability Study, dos Estados Unidos:

  • Os Millennials têm mais dívidas, desde as hipotecas até os empréstimos estudantis;
  • Gastam mais do que ganham, o que dificulta o gerenciamento do dinheiro;
  • Há menor probabilidade de criar reservas de emergência;
  • Usam o cartão de crédito de maneira ingênua;
  • Acessam serviços financeiros alternativos, como lojas de penhores e empréstimos salariais;
  • Não têm habilidade para lidar com eventuais choques financeiros;
  • Têm dificuldades para se planejar pensando no longo prazo.

Geração Z

  • Nascidos no final da década de 1990;
  • Entraram no mercado de trabalho em uma época de desenvolvimento tecnológico;
  • A crise financeira de 2008 dificultou o acesso aos empregos bem remunerados;
  • Mudam de ideia com certa frequência, ao acessar novas informações na web;
  • Tendem a ser mais conservadores com o dinheiro. Com isso, podem perder algumas oportunidades de investimentos;
  • Costumam gostar da poupança devido à sensação de segurança;
  • Gostam de participar de grandes projetos, para literalmente “mudar o mundo”;
  • Procuram se informar sobre diversos assuntos, inclusive o mundo financeiro.

As crises econômicas e o apetite pelo risco

Vamos tomar como exemplo a crise global de 2008, que causou impactos expressivos: perdas de empregos, diminuição de patrimônio e renda etc. Consequentemente, isso também afetou o apetite dos investidores. Aliás, sabia que a tolerância aos riscos costuma diminuir, conforme a idade vai aumentando?

Já na crise do coronavírus, que começou em 2019, as pessoas estão “menos dispostas a assumir investimentos arriscados”. Em alguns casos, houve mudança na alocação dos ativos, em especial devido ao pessimismo em relação à economia.

Enfim, deu pra entender como o comportamento financeiro pode influenciar sua vida, positivamente ou negativamente? Então, aproveite para conferir mais informações no Blog e no canal da Eletros! Assim, você pode tomar decisões financeiras muito mais assertivas!

 

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